Características do calçado de segurança

CORTE

conjunto de peças e de materiais que se encontram em cima da sola para proteção do utilizador

Parte anterior do calçado, que vai do metatarso até às falanges.

Zona fundamental do calçado e onde são colocados os elementos mais importantes de segurança (como as biqueiras).

Está composto por um ou mais materiais tais como peles, revestimentos, plásticos de poliuretano, etc…

Para ser homologado, necessita de passar por inúmeros controlos, tais como:

  • Espessura
  • Rasgamento
  • Tração
  • PH
  • Permeabilidade
  • Coeficiente de vapor
  • Conteúdo em Cr VI…

 

Historicamente, o tipo de pele usada para o calçado de segurança era a pele bovina, atualmente, por questões económicas e de competitividade estão igualmente a ser usadas peles de outras origens.

 

A diferença entre os vários tipos de peles deve-se a tratamentos posteriores ao curtimento.

A pele é compuesta por dos capas.

 

EPIDERME

Pele flor, Nobuck, peles eladas, etc....

Pele mais nobre e com melhores propriedades:  impermeável, transpirável, resistente...

DERME

Revestimento acamurçado,revestimento pigmentado, etc…

 

O forro da gáspea e traseiro no calçado de segurança consiste na camada interna do corte que está em contacto direto com o pé.

 

SITUAÇÃO

FORRO DA GÁSPEA

En la parte delantera del calzado, bajo la pala.

FORRO TRASEIRO

En la zona posterior del calzado.

En el calzado de seguridad éstos suelen ser de distinto material pero ambos deben cumplir unos requisitos específicos de desgarro, abrasión, permeabilidad y transpiración, así como el contenido en Cr VI (piel) para poder homologar y certificar. 

 

MATERIAL

FORRO PELE

  • Porco ou cabra
  • Revestimento acamurçado 

     

FORRO TEXTIL

  • Natural
  • Lã Não natural
  • Poliéster-Nylon

FORRO MEMBRANA

  • Impermeável (Gore-tex)

FORRO TÉRMICO

  • Baixa Temperatura (Polartec)

Componente não extraível do calçado, usado para formar a base do sapato/bota, e que usualmente é fixada ao corte através do processo  de colocação de palmilha ou embastado

 

Podem ser de vários materiais, tais como:

  • Trançado têxteis
  • Couro
  • Cartão endurecido
  • Kevlar

Tem de cumprir diferentes requisitos para a sua homologação como determinada abrasão, espessura mínima, conteúdo de Cr VI (pele) e demonstrar capacidade  para a absorção e dessorção da água, de modo a garantir a comodidade do utilizador.

Pode estar ou não presente no calçado.

Define-se como um componente não extraível, usado para proteger a zona do arco, além de garantir uma correta fixação do pé.

 

  •  Fixada ao corte através de um cosido
  • Costuma apresentar um acolchoado e um forro para aumentar a sua comodidade.
  • Os materiais usados podem ser muito variados: Couros, Revestimento internos, Têxteis, Plásticos de PU
  • Necessita ser testada para a sua homologação, tanto em resistência ao rasgamento, como em conteúdo de Cr VI (pele).

 Componente normalmente extraível (por vezes é fixada sendo colada).

 

Usada para cobrir parcialmente ou totalmente a palmilha, com o fim de proporcionar conforto ao pé.

 

Composta por:

  • Parte superior: costumam ser têxteis, mas também existem de pele e de outros materiais.
  • Parte inferior ou acolchoada: existem de poliestireno, de poliuretano, e outras… e inclusive as mais sofisticadas de géis reativos à pisada.

 

Devem ser testadas para a sua homologação face à abrasão, à absorção e dessorção de água e face ao conteúdo VI (pele).  

Responsável por garantir a correta fixação do calçado ao pé existindo de diversos tipos e tamanhos.

 

Os 3 principais usados no calçado de segurança são:

  • Cordones
  • Hebillas
  • Velcro

Concebido para proteger os dedos do utilizador face a impactos até um nível de energia de pelo menos 200 J e uma compressão de 15 KN mínimo.
Passam igualmente por outros controlos para a sua homologação, tais como os de comprimento interno dos mesmos, bem como a sua resistência à corrosão.

Actualmente existen dos tipologías:

METÁLICOS

Os mais usados são os de aço e de alumínio (mais leves).

São os mais usados no mercado de segurança, a sua espessura é muito fina, são magnéticos e térmicos, uma vez que transmitem o calor ou o frio do ambiente para a pele.

 

NÃO METÁLICOS

o atérmicos, amagnéticos e mais leves.

Os materiais usados estão em constante evolução mas os principais derivam do PVC, termoplásticos injetados e  fibra de vidro.

EÚnico material que garante 100% os requisitos de impacto e compressão exigidos na

UNE-EN ISO 20345:2011

CONFORTO

Sola

parte do calçado em contacto com o solo

 É onde começa a construção de um novo modelo de calçado.

Para o seu design é necessária uma cuidada e estudada distribuição dos tacos e dos canais evacuação. Deste modo consegue-se um elevado coeficiente de deslizamento assim como uma correta evacuação dos líquidos que ficam por debaixo da sola enquanto caminhamos.

 

Através do design conseguimos determinar igualmente se uma sola (juntamente com a sua forma) é cómoda, leve, flexível, etc. o que irá repercutir no facto do nosso calçado ter maior ou menor aceitação no mercado.

 

MONODENSIDADE

  • Poliuretano (PU)
  • Borracha

BIDENSIDADE

  • PU - PU
  • PU - TPU
  • PU - Borracha
  • Borracha - Borracha
  • Borracha - EVA

OUTRAS

Baseadas nas anteriores acrescentam-se outros materiais em determinadas zonas da sola (salto, enfranque, peito do pé...)

  • TPU
  • PU
  • Borracha

Existem diferentes métodos para unir a superfície à parte do corte: união inyectada, vulcanizada, pegada o cosida.

Para a sua homologação deverá cumprir uma série de ensaios tais como:

 

  • Espessura
  • Área com relevo
  • Altura do relevo
  • Resistência à abrasão
  • Resistência à flexão
  •  Resistência à união entre camadas
  • Resistência ao deslizamento
  • Hidrólise...